sábado, 19 de dezembro de 2009

papai noel existe






neste Natal, resolvi dar uma de duende de Papai Noel e passei nos Correios para conferir a campanha solidária para presentear crianças carentes.

são centenas de cartas destinadas ao Papai Noel, catalogadas, abertas, com marca-texto no nome da criança, idade e pedido, divididas em caixas: brinquedos, presentes, outros. na agência central de São Paulo, no prédio antigo do Anhangabaú (a que fica aberta até mais tarde), a essa altura, a maioria eram pedidos de bicicleta e boa parte de computador. alguns pedem cestas de Natal, presente para os pais, Barbie, carrinho, presente para o irmão. quem escreve muitas vezes são os pais, semi-analfabetos. outros se puxam, fazem desenhos, colam algodão para ilustrar a barba do bom velhinho.

ainda são muitos pedidos não atendidos. basta escolher uma ou mais cartinhas, deixar seu nome, o número da carta e telefone. e levar o presente embrulhado com o destinatário indicado (e o número da carta) até o dia 23 de dezembro em qualquer agência dos Correios, que o frete é de graça. se puder, passe numa agência e deixe um presente também.

vejam os meus escolhidos. e feliz Natal!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

deu praia em São Paulo



o paraíso a uma estação de metrô com esse nome:
nesse pré-feriado, sol nos jardins suspensos do CCSP

sábado, 29 de agosto de 2009

retomada

Já estava esquecendo como é bom renovar o corte de cabelo e assumir novo visual. Da penúltima vez, meu cabeleireiro não queria que eu mudasse. Mas nada como mais de 10 anos de confiança para deixar ele mexer como quiser. Dessa vez, ele só pediu minha permissão.

Ele anda mais empolgado desde que assistiu ao "Divã", que foi um sucesso de bilheteria principalmente no Rio Grande do Sul. Como conseqüência (eu não gosto da nova gramática, quero continuar usando trema, posso?), ele diz que rejuveneceu pelo menos uma semana, porque a sessão de cinema rendeu tantos dias de risada. Ele chegou a pedir minha opinião sobre o filme, mas esqueci de contar que, óbvio, lembrei dele na cena do "repica, repica, repica".

Resolvi voltar a escrever aqui justamente para não deixar registrar opções de arte/entretenimento que possam provocar longos lindos sorrisos como efeito colateral.


Quinta-feira passada, pela primeira vez, andei por São Paulo à noite me sentindo na França. Foi a mesma sensação do final do primeiro dia em Paris, depois de circular a pé pelos principais pontos da cidade, enquanto atravessava o Jardin des Tuileries. Como é magnífico caminhar pela Rua dos Patriotas e ver o Museu do Ipiranga todo iluminado!

Para conhecer a metrópole paulistana, recomendo sair dali com o ônibus elétrico 4113-10 sentido Praça da República, que se pega entre o parque e a padaria do Mário (aproveite para pedir para o gaúcho, se ainda estiver lá, servir um pavê de chocolate com morango), em frente ao hospital São Camilo. A parada é na rua Paulo Bregaro, 276. No trajeto, depois da Vila Mariana, só se vê pontos turísticos do Centro histórico: Liberdade, Praça João Mendes, Praça da Sé, Páteo do Colégio, Largo São Bento, Prefeitura, Viaduto do Chá, Theatro Municipal. Existe um programa gratuito de caminhada noturna pelo Centro iluminado que sai do teatro às quintas-feiras à noite, nunca acompanhei. Deve ser tão bonito quanto.

"Da paura" no Ipiranga são as mansões, algumas restauradas, outras completamente abandonadas. E outra preciosidade do bairro, não canso de me impressionar, é o Sesc Ipiranga, com lanches bons e baratos, atendentes que te chamam pelo nome, uma sala de leitura (com algumas casinhas de boneca que me fizeram lembrar a Monica e a Phoebe num episódio de Friends) e um teatro bacana. Onde vimos um espetáculo de bonecos muito legal chamado "Film Noir". Nunca consegui ir ao Festival de Bonecos de Canela, mas já saciei um pouquinho o desejo me deliciando com a forma com que a companhia carioca PeQuod manipulava personagens, cenários, pontos de vista, metalinguagem e palavras. Se não valesse por tudo isso, uns dos bons momentos da peça foram as interpretações de "It's Oh So Quiet", na versão original da música, dos 1950 - sim, a Björk não é tão original mas sabe escolher. Um trechinho do ensaio deles:




Além de um bom corte de cabelo, continuo admirada como vale a pena um par de lentes de contato. E se dentro de um teatro elas podem não parecer adequadas, já que o gelo seco incomoda a garganta quanto mais a visão, nada como um belo show para recarregar as baterias, lubrificar os olhos e deixar os ouvidos bem afinados. Meu mês de agosto, que está fechando com chave de ouro, começou também bem em outro Sesc, o Vila Mariana: Mônica Salmaso e Sujeito a Guincho, que me fizeram lacrimejar com "Send in the clowns". O sujeito Luca Raele ainda deu uma aula sobre música aleatória, clarinetas e 1/2 clarinetas, funk indígena, edificar, etc.

Respirar arte, a mais pura a-r-t-e, que permite contemplação, nos dá inspiração para muitos dias seguintes e um sabor de "quero mais".

quinta-feira, 31 de julho de 2008

morte antecipada

Vejam o que faleceu antes da Dercy:

Vista do Minhocão em 29/6

Já leram o obituário da Déia? Está ótimo.

domingo, 27 de julho de 2008

jardim público




Todo cidadão deveria ter o direito a uma praça perto de casa. Existe alguma lei que permita isso? Um dos maiores choques de quem muda para a grande metrópole ou sai de uma casa para um apartamento é a falta de jardim.



No filme La Faute à Fidel, a protagonista enfrenta exatamente isso: quando seus pais se mudam para um apartamento, sua amiguinha comenta, “vocês não têm mais jardim”. E a Anna retruca que agora eles vão às praças.

Para que essa substituição seja perfeita, entendo praça como uma área de convivência e lazer para fazer a fotossíntese. Procuro nesse espaço gramado para sentar, alongar, fazer piquenique, etc. e receber raios de sol. As praças do Centro geralmente têm jardim com flores e cerquinhas: ninguém pode sentar na grama, apenas nos banquinhos.

Na Flip, a diretora salteña Lucrecia Martel comentou que, mesmo muitos anos fora de nossa cidade natal, vamos nos sentir ETs na nova cidade, o que provocará inevitáveis comparações. Eu vivo esse conflito. Enquanto em Porto Alegre, eu podia escolher a que praça ir – para qualquer lado da rosa dos ventos –, e todas elas teriam sol e grama, mas eu tinha jardim e pátio. Nem preciso citar o bairro, pense em qualquer região da capital gaúcha: não vê uma pracinha a poucos passos?

Em São Paulo, até tenho varanda – que não pega sol, só um viés de luz no comecinho da manhã, uma vez por ano. Achava que não tinha praça, mas veja bem, posso ir a pé a várias delas: Praça Roosevelt, Praça Dom José Gaspar, Praça Ramos, Praça Buenos Aires, Praça do Bixiga, Praça da Sé. Pois nenhuma delas tem grama para sentar. A mais arborizada delas, pelo menos para valorizar o nome, é a Buenos Aires, talvez uma das metrópoles melhor resolvidas com as áreas verdes que conheço.

Na capital paulista, temos os parques. Nenhum deles acessíveis. O Parque Ibirapuera ainda nem tem metrô perto. Para quem chegar de ônibus, as paradas ficam longe uma da outra – é realmente um parque para andar, mas não há estrutura sequer para alguém caminhar pela calçada fora das grades, ao redor do parque. (Poderia fazer um longo monólogo sobre o Ibirapuera, seus shows gratuitos e suas águas dançantes, mas vamos parar por aqui.) Do Parque Villa-Lobos, nem vou falar: longe e perfeito para uma insolação, não tem árvores. O Parque da Água Branca, que demorei tanto a conhecer, foi uma decepção na minha primeira visita. O guarda pediu que eu levantasse a canga, pois não podia sentar na grama. Numa ida mais recente, felizmente, o chafariz voltou a funcionar, o que atraiu mais público para a área do jardim, que teve seu gramado invadido por pessoas descansando, fazendo ginástica ou meditando.

Água Branca – o recanto agropecuário no meio do caos urbano

Anyway, para ir a qualquer um desses, mesmo que eu queira caminhar (caminhar no parque e não até o parque), preciso pegar um ônibus ou ter carro. Ainda sinto falta de um jardim perto de casa!

Descubram o programa de domingo dos paulistanos do Centro: Elevado Costa e Silva, o Minhocão (fotos).

terça-feira, 22 de julho de 2008

peles azuis



Estava pensando com os meus pés... afinal, de que cor são os Smurfs?

Esses personagens, que completam 50 anos em 2008, são quase "flicts": têm a cor síntese de todas as raças. Preto demais é azul; branco demais, azul; eu, que sou quase pele vermelha, fico roxa, principalmente na falta de banho de sol e se sinto frio - roxo é azul. Quem não fica azul?


foto do dia 19/2, no Centre Belge de La Bande Dessinée, em Bruxelas

Falando em animação, começa nessa quarta, dia 23, o Anima Mundi em São Paulo.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

estrelas



Lembram do meu primeiro post neste blog?

No final de semana de 12 e 13 de julho, tive certeza de que, pelo menos nos sábados e domingos do centenário da imigração japonesa, as principais ruas da região oriental de São Paulo deveriam ser exclusivas para pedestres. Nesses dias, elas foram, e a Liberdade não estava apenas no nome do bairro, que ficou ainda mais colorido. Era a comemoração do 30º Festival das Estrelas. Não sei se a CET interditou as ruas no ano passado, mas a decoração não pareceu muito diferente, aos menos pelas fotos desse álbum – entre nessa página e conheça a origem do evento.

Saibam mais sobre o Centenário aqui.

Para quem se inspirar e quiser tentar aprender a fazer o tsuru, segue um vídeo que a Lella me passou:



Foto: Luiz: São Paulo’s eyes